Formação

quinta-feira, 17 de julho de 2014

 
No final do mês de junho, "Ponte", grupo de jornalistas empenhados na veiculação de informações sobre Segurança Pública e Justiça sob o prisma dos Direitos Humanos, divulgou levantamento feito sobre confrontos com morte envolvendo policiais e demonstrou que existe uma verdadeira "Guerra silenciosa na Zona Leste de São Paulo"vez que em quase metade dos casos levantados o palco do extermínio policial foi a Zona Leste da capital paulista.
 
São homens jovens, pobres e pretos os mortos pela Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a égide de uma Política de Extermínio, que se acentua desde a década de 90, capitaneada todos esses anos por Antônio Fleury Filho (mandante do Massacre do Carandiru), Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.
 
São mães pobres e negras órfãs que o Governo do Estado de São Paulo vem produzindo em massa,  quando não as faz mães do cárcere, nas filas ou dentro dos presídios, numa reprodução histórica do controle da maternidade que é exercida fora dos padrões brancos e domésticos.
 
O grito dessas mulheres, obrigadas pelo Estado a vivenciar a dor dessa perda, que transforma o luto em luta, como o que deram as "Mães [dos mortos] de Maio", em 2006, é o que vem, nas periferias e morros de todo o país, fazendo frente ao Estado genocida.
 
O Comitê pela Desmilitarização da Zona Leste se soma a essa luta e nós do Coletivo Feminista Anastácia também e reforçamos o convite, em especial às moradoras e moradores da Zona Leste.
 
 

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